Peço licença aos leitores para fazer um anacoluto dentre os temas principais deste blog e do documentário e fazer a inserção neste momento de outro assunto pertinente e pertencente ao cotidiano atual dos brasileiros.
Foi criado e sancionado recentemente uma lei que proíbe o uso do artifício do humor na política tanto na televisão quanto nos rádios. Sinto que um primeiro ponto deve ser destacado: as mídias impressas não entraram nesta proibição, deixando claramente explícito que isso foi assim feito porque o brasileiro pouco lê e muito assiste televisão, sendo assim corta-se a maior fonte de expansão de discernimento e conhecimento político, mesmo que esse seja feito de forma sarcástica e irônica.
Penso ainda que subestimam o intelecto dos brasileiros, alegando que a realização de piadas deturpa o raciocínio e manipula votos. Parece até piada. Na minha concepção esse é o jeito de melhor chegar à essência de uma informação ajudando a contextualizar e fomentar a formação de uma opinião própria, pois, sempre em uma piada haverá quem não entenderá, quem será contra e quem será a favor, aprimorando o olhar critico das pessoas.
O humor atualmente sai da linha de uma simples anedota e expande seus horizontes para os conhecimentos de diversas áreas. Então pergunto, a real razão para tal exclusão de abordagem política da TV e rádio é mesmo para impedir a ridicularização de nossos políticos (que nem mesmo precisam disso para ter o “filme queimado”, pois eles se encarregam disso sozinhos) ou manter a alienação e a falta de conhecimento, uma vez que estas são pertinentes aos “dominadores” de nossa sociedade?
E olhem que fazer piadas com políticos não é muito difícil, lembrando que temos como protagonistas uma candidata que comete gafes como dizer que o filme Vidas Secas retrata ‘a saída das pessoas do Nordeste para o Brasil’ e outro que pode acabar “serrando” nossa economia, mas a maior piada eles já contaram para nós: Vivem nos fazendo de palhaços, roubando-nos.
--
Isaac Paixão
Nenhum comentário:
Postar um comentário